Para reler Teógnis de Mégara

por Rafael Brunhara
Professor de Língua e Literatura Gregas na UFRGS


No verão de 1864, com então 20 anos, Nietzsche concluía seus estudos na célebre escola de Pforta com um trabalho sobre o poeta Teógnis de Mégara. Anos mais tarde, o prodigioso filólogo escreveria ao amigo Hermann Muschake: “Teógnis é terrivelmente maltratado; suspenso por um elo metódico, a cada dia lhe retiro ouropel desgastado com minhas tesouras críticas”.[1] Pode-se dizer que, mais de 150 anos depois do “trabalho de conclusão de curso” do jovem Nietzsche, Teógnis não é mais “terrivelmente maltratado” e que sua poesia cada vez mais suscita olhares cuidadosos.

Apesar do grande volume de poemas atribuídos a ele, dificilmente Teógnis seria o primeiro nome a vir à mente quando pensamos na literatura deixada pelos gregos. Seu papel na Antiguidade, contudo, teria sido maior do que aquele que lhe atribuímos. Servem como testemunhos as reiteradas menções, alusões e citações de sua obra presentes em Platão e Xenofonte, o que torna quase certo que coleções de poemas de Teógnis circulavam na Atenas clássica – longe de sua cidade natal e mais de um século depois de sua época – e que sua obra era lida por Sócrates e seus discípulos.  Xenofonte, por exemplo, o considera um mestre da virtude humana, e sua obra, um tratado sobre seres humanos.  Mas saber quem foi de fato Teógnis não é uma tarefa fácil.  

Ele teria atuado no século VI a.C., antes da ascensão de Atenas como império político, econômico e literário; antes do surgimento do drama como gênero poético, antes de Ésquilo, Sófocles e Eurípides, mas depois das monumentais epopeias de Homero, a Ilíada e a Odisseia. A esse período, que vai do século VIII a.C. até o derradeiro ano de 479 a.C. (que marca a vitória dos gregos nas Guerras Pérsicas), os estudiosos denominaram “arcaico”.  Um período conhecido por muitos estudiosos como “era lírica”, dada a proeminência da lírica, modo como se convencionou chamar, embora equivocadamente, três gêneros distintos praticados pelos antigos gregos nos quais predominava a expressão da primeira pessoa: a elegia, o iambo e a mélica.  Embora a escrita fosse conhecida, a poesia circulava sobretudo oralmente, cantada ou recitada em simpósios – reuniões para beber –, e festivais cívicos e religiosos, a ponto de um estudioso denominar a cultura grega deste período como uma “cultura da canção”.

O cenário da literatura deste período, porém, é desolador. Podemos dizer que dela nos restou só um vislumbre, a partir de autores posteriores, que conservaram os excertos da lírica grega que interessavam aos seus argumentos, ou de manuscritos, transcrições dessa poesia em um momento em que a escrita se tornou popular na Grécia, mas que nos chegaram extremamente deteriorados pelo tempo. Raros são os poemas completos, e mesmo aqueles que um milagre do tempo parece ter conservado, chamamos cautelosamente “fragmentos”.  Estudar lírica grega é lidar com os resíduos de uma tradição imprecisa.

Em um primeiro contato, este não parece ser o caso de Teógnis.  Temos 1389 versos razoavelmente completos de suas elegias - nome que os gregos davam a um ritmo que usavam para tratar de temáticas variadas – em uma coleção intitulada Teognideia. A obra é um prodígio de transmissão da poesia grega:  conservada em aproximadamente 50 manuscritos datados do período bizantino, pensaríamos estar diante do único poeta grego arcaico que sobreviveu ao nosso tempo intacto. Um dos poemas que abre a coleção parece até mesmo reforçar esta nossa hipótese, pois nos apresenta uma personalidade marcante, que fala de si mesmo na primeira pessoa e anuncia ao seu interlocutor, Cirno, seu nome – “Sou Teógnis de Mégara e estes são meus versos!” – e sua principal preocupação: assegurar que sua obra se mantenha estável através do tempo, sem alterações, já que, segundo ele, ninguém precisa mudar o que já está perfeito.  Por isso, qualquer um detectaria facilmente se roubarem (plagiarem?) sua obra, pois ele deixou sobre ela uma marca indefectível de sua autoridade, um “selo” (versos 19 a 26 da Teognideia):

Cirno, enquanto pratico meu engenho, seja-me posto um selo
    nestes versos, e nunca ignorarão se os roubarem
nem vão mudá-los em coisa vil, quando o bom está presente;
    e cada um vai dizer: “são os versos de Teógnis
de Mégara, assim nomeado por toda a gente.
    Mas agradar à cidade toda ainda não posso:
nada espantoso nisso, Polípeda! Nem Zeus
    agrada a todos, faça chuva ou a contenha.

            Muita tinta já foi gasta para tentar desvendar o que seria o “selo” de Teógnis: seria  “Cirno”, nome do interlocutor do poeta, cuja presença indicaria os poemas autênticos de Teógnis? Seria o próprio nome Teógnis, evocado como uma assinatura da obra, assim como fariam mais tarde os fundadores da historiografia, Heródoto e Tucídides? Ou seriam marcas do próprio engenho do poeta, discerníveis a qualquer audiência erudita da época? Não há uma resposta concreta para isso, mas logo os estudiosos, ao avançarem na leitura da Teognideia, perceberam que, apesar da jactanciosa afirmação sobre a eficácia de seu selo, Teógnis não logrou manter a estabilidade de sua obra.

            Encontramos na Teognideia poemas que mencionam momentos históricos diferentes e não podem ser agrupados no tempo de uma vida; encontramos poemas que outras fontes, mais antigas aos manuscritos da Teognideia, atribuíram a outros poetas. Quem quer que tenha sido Teógnis já não conseguimos mais distinguir com segurança quais poemas lhe pertenciam. A Teognideia é, na verdade, uma antologia da poesia elegíaca grega arcaica e clássicas, com elegias de diversos poetas, mas sempre emolduradas pela persona de Teógnis: em última instância, o nome já não importa mais como uma instância biográfica, e sim como síntese de uma tradição poética praticada em determinado momento histórico e que atendia a certas normas poético-retóricas – mais ou menos como acontece com a figura de Gregório de Matos em nossa literatura.

A persona de Teógnis caracteriza-se como o representante de uma elite que via os seus valores aristocráticos se perderem com a ascensão de uma nova classe, marcada pelo poder financeiro, mas ignorante da educação transmitida entre os nobres. A palavra grega usada para designar estes nobres é agathós ou esthlós, palavra ambivalente, com sentido ético e social: seu sentido primeiro é “bom” – isto é, eficaz na prática de uma virtude – mas serve também para designar os receptores da paideia aristocrática, os nobres, portanto. Aqueles que não a receberam são kakós, ou deilós, “maus”, “vis”.  

Esta paideia é dramatizada na forma de preceitos a um jovem aristocrata, Cirno. Logo depois dos versos que anunciam a autoridade do selo, Teógnis dirige-se a Cirno estabelecendo o seu programa poético – o ensinamento de um saber tradicional, passado de aristocrata para aristocrata, e que tem os banquetes e os simpósios como lugar de transmissão (versos 27 a 38):


E eu te aconselharei, benévolo, como eu mesmo,
Cirno, aprendi de bons homens ainda menino.
Age com prudência, e por atos torpes ou injustos
não te apropries de honra, mérito ou riqueza.

Sabe que as coisas são assim: não busques companhia
de homens maus, mas apega-te sempre aos bons.
Entre eles, come e bebe e entre eles te assenta,
agrada àqueles cujo poder é enorme.

Dos nobres, aprenderás o que é nobre: mas, se aos maus
te misturares, até a tua razão perderás;
ciente disso, reúne-te aos bons, e um dia dirás
que oriento bem os meus amigos.
 
É uma poesia que se constrói como um repositório de conselhos políticos – isto é, sobre como conduzir sua vida na pólis. Ao jovem que ingressa nos círculos aristocráticos e na vida política é essencial reconhecer a mutabilidade da sorte: uma vez que o mundo político da Teognideia é instável, marcado pela rápida mudança de valores e interesses de grupos que ascendem e caem rapidamente faz-se necessário ser igualmente instável: assumir a mudança como uma postura de vida, e saber adequar-se às circunstâncias conforme elas aparecem. O ensinamento norteador da vida é uma sophíē (“sabedoria” ou “esperteza”) que se caracteriza pela capacidade de manipular discurso e ação (um ensinamento proveitoso tanto ao político como ao poeta). É o que Teógnis chamará em um poema “índole do polvo”:

Adota a índole do multíplice polvo, que se mostra
à visão tal qual a rocha em que se enrosca.
Hoje, vai por aqui; mas amanhã, veste outra pele:
é melhor a esperteza [sophíē] do que o rigor.

Nesse contexto em que as relações são instáveis e a dissimulação é recomendada como uma sabedoria política, o tema da amizade (philía) é central. O poeta enfatiza que é a relação com homens bons – aristocratas como ele, entenda-se, - que produzirá uma juventude educada. Por esse motivo, a lealdade (pístis) surge como o valor mais caro: lealdade não só devida ao preceptor, mas ao grupo aristocrático em que o jovem ingressa como membro. 

Os poemas de Teógnis teriam sido produzidos em um período de grande turbulência política – muitos situam o apogeu do poeta nas últimas décadas do século VII a.C., provavelmente entre os anos 630 e 600 a.C., época em que Mégara vivia sob uma tirania, ou num período imediatamente posterior, em que, com a queda do tirano, os aristocratas no poder temiam novos levantes (versos 39 a 52):

Cirno, esta cidade está prenhe: temo que gere um homem
retificador de nossa vil insolência.
Os cidadãos ainda são sensatos; mas os líderes
estão mudados, sucumbiram à vasta vileza.
Jamais, Cirno, bons homens arruinaram uma cidade:
mas quando insolências aprazem os vis,
então corrompem o povo e dão justiça a injustos
por poder e por ganhos pessoais:
não esperes tal cidade tranquila por muito tempo,
mesmo se agora está tão calma,
sempre que aos homens vis tais coisas forem caras:
ganhos que vêm com o mal público.
Pois disso vêm sedições, massacres entre irmãos,
e os tiranos: que isso nunca agrade a esta cidade!

Não é estranho que a poesia de Teógnis tenha sido um sucesso na Atenas clássica de finais do século V e no século IV, em que muitos devem ter visto no ideal aristocrático professado pelo megarense uma alternativa aos rumos tomados pela democracia e um remédio contra o temor da tirania constante no período clássico.

Mas este caráter político não é o único a ser destacado na Teognideia. Como antes mencionei, era essencial à poesia arcaica, que circulava oralmente, o contexto de sua execução. A principal ocasião de performance era o simpósio, um cenário que, no período arcaico, era eminentemente aristocrático: nele homens se reuniam para tramar manobras políticas, engendrar alianças, mas também recitar poesia e lançar-se às dádivas de Eros e Dioniso: era o espaço da aristocracia por excelência, de modo que ser um homem nobre também significava saber como portar-se no simpósio. Um dos temas centrais da Teognideia, portanto, é a preceptiva simposial: quando tomar a palavra no simpósio, o quanto é permitido beber e falar, todas estas perguntas são respondidas pela Teognideia. As principais virtudes exigidas no simpósio são a moderação e o autocontrole, virtudes por igual importantes na vida política. Assim, poemas como este abaixo – aparentemente um simples conselho sobre o consumo de vinho – pode transcender o simpósio e servir como uma prescrição para ser moderado, ou ter sabedoria, também na vida pública (versos 211 e 212):

Beber muito vinho é um mal: mas se alguém
            bebe com saber, não é mau, mas bom.

O simpósio é, portanto, um microcosmo da vida política: o modo de conduzi-lo, as alianças e traições ali forjadas, os excessos cometidos, revelam a natureza de um homem e espelham em menor grau as conjunturas da pólis (versos 309 a 312):

Entre comensais, um homem deve ser prudente:
            tudo deixe passar, como se parecesse ausente,
que tenda aos gracejos [...] e porta afora, seja resoluto,
            pois agora conhece a índole de cada um.


Cópia de cerâmica (kýlix) beócia do séc. V a.C., representando
      uma cena simposial. O conviva entoa o início de um verso
    teognídeo: ὦ παίδων κάλλιστε  (ó pai( ó paidōn kalliste,
"ó mais belo dos meninos", Teognideia v.1365).

A figuração do simpósio permite o tratamento de uma tópica relacionada, a homoerótica. Em um mundo onde os sexos masculino e feminino raramente se encontravam, senão no casamento, era frequente que a iniciação sexual de um jovem se desse primeiramente com um homem mais velho, membro dos mesmos círculos aristocráticos. E como dito, o simpósio era o espaço onde tais encontros se realizavam. Desse modo, a relação entre um homem mais velho e um efebo aparece ali tematizada e institucionalizada, nas figuras do erástes – o “amador” – homem mais velho que busca, corteja e se relaciona com o efebo, chamado erômenos (“amado”)  Tal é a confluência entre os temas que basta lembrarmos, como exemplo, do Banquete de Platão: um diálogo que trata da natureza de Amor – sobretudo o homoerótico –  cujo cenário é, justamente, um simpósio.

Um dos mais belos poemas da Teognideia associa a tópica homoerótica à tópica da permanência da poesia. O poeta, erástes, concede ao seu amado a maior dádiva: a imortalidade. Graças à poesia, o nome do amado, Cirno, será perene, sempre cantado em simpósios de todo o mundo grego. Mas apesar dessa dádiva, o jovem falta com o respeito e a lealdade: trai, engana e não retribui o amor do poeta (versos 237 a 254):

Eu te dei asas, com as quais sobre o infindo mar
voarás, e por toda a terra elevando-se
facilmente: em todos os banquetes e festins estarás
presente, reclinado nos lábios de muitos,
e com aulos, flautins claríssonos, jovens homens
atraentes bela e claramente em ordem
te cantarão. E no dia em que às profundezas da terra sombria,
à mansão cheia de pranto do Hades, desceres,
nunca, nem morto, perderás a glória: serás o cuidado
dos homens, sempre com um nome imperecível,
Cirno, a ir e vir pela terra helena e sobre as ilhas,
cruzando o piscoso mar sem messe,
não montado no dorso de cavalos, mas te levarão
brilhantes dádivas das Musas de violáceas guirlandas;
e a todos, a quem hoje ou no porvir cuidarem delas, serás
também canção, enquanto houver céu e terra.
Apesar disso, eu não ganho nem um pouco de respeito
mas, como se eu fosse um menino, com palavras me enganas.

É no contexto do simpósio que se tematizam a reciprocidade amorosa entre homem mais velho e homem mais novo, a questão da traição e a reversão de papéis de poder entre eles. Estudiosos acreditam que em um momento inicial da transmissão da Teognideia, os poemas homoeróticos estavam entremeados na coleção juntamente com os de temática moral e as reflexões simposiais. Uma enciclopédia bizantina, a Suda, diz o seguinte de Teógnis:

“Teógnis é útil porque compôs parêneses, no entanto, esparsas, em meio a elas, perversidades, amores pederastas [paidikoi erōtes] e outras coisas que a vida virtuosa rejeita.”

Contudo, a Teognideia que nos chegou apresenta dois livros: no primeiro há raros poemas de cunho erótico, enquanto o segundo livro –pouco mais de 150 versos presentes em apenas um manuscrito da obra – conservou os poemas eróticos de Teógnis. Presume-se, a partir das informações da Suda, que seja uma divisão artificial: talvez excertos de poemas eróticos extraídos por algum copista do todo da Teognideia e que por algum motivo desconhecido foram preservados. Outra prova disso é que os poemas eróticos integram-se organicamente aos temas de conteúdo político e moral, uma vez que o valor exigido pelo amante é o mesmo valor político da lealdade (pístis) tratado acima, e a philía política confunde-se com a philía erótica: se naquela importa a lealdade à facção política a que o jovem ingressa, nesta importa a lealdade ao amante. No poema abaixo, pertencente ao Livro II, fica evidente a concordância da lealdade política com a lealdade erótica (versos 1311 a 1318):

Não escapas ao me enganar, menino (sim, eu te persigo),
com esses que agora mesmo aliança e amizade
tu fizeste. Jogaste fora meu amor[philotēta] como se fosse desprezível.
     Tu não eras amigo deles no passado,
e de todos eu pensava ter feito de ti o meu companheiro
     leal. Pois bem! Que agora tu tenhas outro amigo!
Mas eu, que te fiz bem, estou prostrado. E que ninguém, entre todos
      os homens, quando te vir, queira amar meninos! 

Certamente o Teógnis e a Teognideia que temos hoje não são mais os mesmos de Nietzsche. Nestes tempos, conhecemos um pouco melhor o funcionamento de uma poesia tradicional e oral e nossas “tesouras críticas” estão mais afiadas: incontáveis são os estudos, textos e artigos que discutem a natureza desta obra, vendo nela um caso singular na transmissão da poesia grega. Hoje, depois de Nietzsche e tantos estudiosos que o sucederam, é possível apreciar a Teognideia para além daquele “desgastado ouropel” aludido pelo filósofo, e constatar que ela é, antes de tudo, boa poesia que resistiu e sobreviveu à ação das eras – eis aí, talvez, o verdadeiro significado do selo de Teógnis.


SUGESTÕES DE LEITURA

Ao leitor que deseja ler todos os poemas da Teognideia, há duas traduções completas:

A tese traz um estudo sobre a formação da Teognideia como um manual próprio para o simpósio, mostrando como a obra revela procedimentos típicos das práticas poéticas desempenhadas nessa instituição. Contém também uma tradução, em versos livres, de toda a Teognideia.

ONELLEY, G.B. A Ideologia Aristocrática nos Theognidea. Rio de Janeiro: EdUFF, 2010.
A professora Glória Onelley (UFRJ) analisa neste trabalho os elementos aristocráticos que podem ser depreendidos da leitura da Teognideia, bem como argumenta o papel da coleção como uma verdadeira paideia aristocrática. Traz em um apêndice uma tradução em prosa da Teognideia, sendo a primeira tradução brasileira integral desta obra.

Trechos da Teognideia foram vertidos por outros tradutores: Péricles Eugênio da Silva Ramos traduz algumas elegias em seu Poesia Grega e Latina (São Paulo: Cultrix, 1964), bem como Frederico Lourenço em Poesia Grega de Álcman a Teócrito (Lisboa: Cotovia, 2006).

Recomenda-se ao leitor que deseja se aprofundar em questões sobre a Teognideia os seguintes trabalhos em língua portuguesa, além dos supracitados:

BRUNHARA, R. & RAGUSA, G. Elegia Grega: Antologia de Poesia Arcaica. São Paulo: Ateliê, 2019.
Uma antologia de poesia elegíaca grega arcaica, apresentando poetas do período, dentre eles Teógnis. Traz traduções e comentários a cada um dos poemas selecionados.

BRUNHARA, R. & RAGUSA, G.Paideiana Lírica Grega Arcaica: a poesia elegíaca e mélica” in Filosofia e Educação, 9.1 Campinas, p. 45-62, 2017.
 A primeira parte do artigo fala da educação na poesia elegíaca, concentrando-se sobretudo na obra de Teógnis.

BRUNHARA, R. “Erotica Theognidea, breve antologia” in: R.Nott Magazine, n.47, Curitiba, 2017.
 Seleção de poemas do Livro II da Teognideia, traduzidos e comentados.

ONELLEY, G.B.A Função da Poesia Teognídea” in Calíope, Presença Clássica 15. Rio de Janeiro, p. 64-71, 2006.
O trabalho explora o papel da Teognideia como poesia que visa à manutenção da paideia e dos ideários aristocráticos.

ONELLEY, G.B.A Relação Pedagógico-Amorosa no Contexto Teognídeo” in Cadmo 22, Lisboa, p.115-129, 2013.
 Defende e aprofunda a tese de que os poemas eróticos do Livro II são instrumento pedagógico da paideia aristocrática veiculada pela Teognideia.

RAGUSA, G.A Tradição do Paidikonna Mélica Grega Arcaica” in Phaos 17/1. Campinas, p.187-213.
Embora não trate de Teógnis e sim da poesia mélica, este artigo trabalha o gênero da poesia pederástica na Grécia arcaica, que guarda muitas similaridades com a poesia homoerótica presente no Livro II da Teognideia.




[1] JENSEN, A.K. Nietzsche as a Scholar of Antiquity, London, Bloomsbury, 2014, p.101-102.

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